Esquema de tratamento de pombos Velocidade e Meio-Fundo

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Esquema de tratamento de pombos Velocidade e Meio-Fundo

Esquema de tratamento

Esquema de tratamento

O que é um esquema de tratamento?

Um esquema é:

– Forma resumida ou explicativa de informações;

– Sistema de ideias, ou conjunto organizado de conceitos;

– Síntese de algo complexo e elaborado;

– Representação visual estruturada, resumida e simplificada de um conceito ou ideia;

– Linhas orientadoras simplificadas de algo mais complexo.

 Resumindo:

Esquema é algo resumido, organizado, condensado, simplificado mas não simples, suscetível de interpretação e compreensão, servindo como linhas mestras orientadoras para a execução prática de algo; implicando alguém como executante capaz de o decifrar.
sistema de velocidade e meio fundo

O que é um esquema de tratamento?

É a informação sintetizada das linhas orientadoras a seguir de maneio prático visando objectivos produtivos, reprodutivos ou curativos.

Sendo uma forma resumida subentende, que existe alguém capaz da interpretação e execução.

O que deve conter um esquema tratamento?

Um esquema de tratamento deve conter todos os parâmetros quantitativos e qualitativos práticos que interferem com a forma de condução e maneio visando atingir determinados resultados.

O esquema de tratamento sendo algo resumido e rígido a seguir, e que vai ser interpretado e executado muitas vezes por outrem, fica desajustado quando do aparecimento de parâmetros anormais (fatores variáveis), deixando em aberto a necessidade de intervenção rápida para o ajustamento, que pode ser momentâneo, de transição ou temporário.

O executante deve conhecer e saber ler esses parâmetros (Fatores Variáveis).

Deve ser alertado para todos os procedimentos imediatos a efetuar, para minimizar os efeitos da distorção ocorrida.

Fazer a interpretação / leitura da situação e sua transmissão pormenorizada ao agente decisor.

Esta situação implica uma relação de disponibilidade, “proximidade”, confiança, conhecimento, interpretação e transmissão de toda a informação completa e detalhada.

Um esquema de tratamento deve ser:

– Simples;

– Fácil leitura;

– Compreensão;

– Execução.

A universalidade de muitos esquemas de tratamento que visam a simplificação, orientados para rápida conquista de adeptos, não alertando para os Fatores Variáveis e as necessidades de ajustamento, estão condenados ao fracasso.

A menos que por outro modo transmitam a formação e informação técnica necessária ao entendimento; como os artigos técnicos que nós temos disponibilizado aos criadores e praticantes.

Assim como as muitas respostas dadas aos esclarecimentos e dúvidas solicitadas.

 

Não é “obrigatório” que o executante do esquema de tratamento saiba a ação e funcionalidade do que é administrado.

O executante precisa de cumprir rigorosamente com o esquema de tratamento; estar muito atento e aplicar todos, mas todos os seus sentidos, na leitura do comportamento animal e rapidamente detetar os fatores de variação e as variações.

A estatística, as relações estabelecidas entre diversos fatores, os indicies, os parâmetros produtivos e reprodutivos, a comparação a diferentes níveis com os resultados dos “adversários” dão indicações do que está a ser feito e se é preciso fazer algo.

As ação / intervenção tem de ser pronta e rápida, mas certeira visando a normalidade e recuperação no mais curto espaço de tempo, tão necessário à preparação e fortificação.

Dois tipos de esquemas de tratamento:

– Esquemas “regionais”;

– Esquemas “universais”.

São mais aconselhados os “esquemas regionais”, aproximam-se mais das condições e da prática local.

Mas todos os esquemas tem de ser ajustados às condições de cada um; e mesmo cada columbófilo tem de adaptar o seu esquema em função dos “Fatores Variáveis”.

O tempo de voo, o tipo de alimentação, a quantidade de alimento, os suplementos utilizados, entre outras coisas, devem ser ajustados ao longo da campanha desportiva.

Sempre que me solicitam um Esquema de Tratamento para os pombos, peço muita informação e faço uma serie de perguntas, ficando sempre o compromisso de disponibilidade para qualquer dúvida.

A título de curiosidade, pediram-me para fazer um esquema de tratamento pombos de voo para Taiwan.

Qual o meu espanto quando vejo que só voam com borrachos (pombos com 150 dias de idade), são encestados à Segunda-feira, soltos na Quarta-feira, voltam a ser encestados na Sexta-feira e soltos no Domingo.

O pior é que têm o sistema de eliminatórias, os pombos tem de ir a todas as provas, falhou é eliminado.

Estava a esquecer-me que as provas são sobre o mar e soltam quase sempre.

Quais os parâmetros do esquema de tratamento dos pombos?

– Dias;

– Manhã;

– Tarde;

– Tipo de alimentação;

– Quantidade de alimento;

– Quantidade de alimento na refeição da manha e da tarde;

– Voo;

– Tempo de voo;

– Tipo de prova;

– Tipo de pombos (adulto, novos, machos, fêmeas);

– Sistema de voo;

– Chegada de Prova;

– Próxima prova;

Distorções ou fatores variáveis que levam  

ajustamentos nos sistemas / esquemas de tratamento:

— Dificuldade ou facilidade da prova efetuada;

– Dias entre a chegada e a partida para a próxima prova;

– Variações / amplitudes climatéricas significativas;

– Impedimento da realização de algum ato na condução / maneio;

– Condição corporal anormal para o que seria normal;

– Ausência ou excesso de exercício por alguma anormalidade sucedida;

– Alterações da data de realização da prova.

Como ou de que forma e com quê podemos minimizar os efeitos dos fatores variáveis?

Esta pergunta é muito abrangente, sendo variável que interage com uma série de elementos, obriga a equacionar muitas hipóteses, e a expandir em demasia este artigo.

A leitura de outros artigos como “a prova começa na véspera”, o “sistema digestivo das aves”, “a próxima prova começa na chegada da anterior”,   ajuda a responder e a entender como resolver quando das necessidades de ajustamento dos esquemas de tratamento.

A “filosofia” da elaboração dos esquemas de tratamento baseiam-se na resposta aos seguintes pressupostos:

– De onde vem;

– Como veio;

– Como está;

– Como deve ficar;

– Quando vai;

– Para onde vai;

– Como tem de ir.

Na prática são as respostas que têm a ver com a constituição e parâmetros fisiológicos afetados com a preparação e realização dos treinos e das provas,

passando pelas seguintes etapas:

– Desgaste;

– Estabilização;

– Normalização;

– Recuperação;

– Desenvolvimento / treino;

– Fortificação;

– Acumulação.

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Chegamos ao final deste artigo, paramos e refletimos; deixamos alertas e alguns cuidados.

Muitas perguntas ficaram no ar, e muitas outras se nos colocam.

Só nos ficam duas certezas; é a vontade de ajudar e a de que muito mais é preciso fazer.

 

Trabalho elaborado por

Carlos Teixeira

 

 

 

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